QUAIS VALORES ESTÃO REGENDO SUA VIDA?
Como o marinheiro tem as estrelas e os viajantes, o mapa, pais têm valores para apontar o caminho.
Harriet Heath
Objetivos da Escola:
Em todos os momentos, o apelo por valores está ecoando em todo mundo. A mídia nos mostra as consequências deste período: a falta de amor em todas as suas dimensões, tanto na família, na escola, no trabalho quanto no cotidiano das pessoas. Para que se possa fazer mais HUMANA a nossa sociedade, há que se resgatar os valores e, para isso, vamos:
· Fazer compreender o conceito de ética nas perspectivas filosófica e religiosa, bem como sua importância para a felicidade.
· Exercitar a ideia de pluralidade e tolerância.
· Fazer perceber a importância da preservação ambiental para a valorização da vida.
· Fazer valorizar a paz e repudiar qualquer forma de violência.
· Analisar e fazer analisar, de forma crítica, os valores incitados pela cultura de consumo.
· Promover a sensibilização da comunidade Arvense para atitudes de solidariedade.
· Fazer compreender a importância do diálogo entre a família e escola.
· Fazer respeitar as diferenças de gênero e a diversidade sexual.
· Desenvolver trabalhos pontuais, com temáticas elaboradas de acordo com as necessidades dos alunos.
· Manter o ambiente escolar organizado para o conforto e segurança.
· Estimular os grupos, por meio do lúdico à afetividade, honestidade, ternura e demais valores.
· Fazer valorizar, nos livros e histórias, todos os valores que explicitam a bondade humana: as gentilezas, o carinho, a meiguice e a solidariedade.
Metodologia
Para alcançarmos os objetivos, a escola utilizará recursos como:
· Teatros.
· Jogos dramáticos.
· Contação de histórias.
· Recursos áudios-visuais.
· Artes plásticas (escultura em balões, pintura de rosto, modelagem, trabalhos com sucata).
· Entrevistas.
· Questionários.
· Fotos.
· Revistas.
· Jornais, entre outros.
Público-Alvo:
· Equipe gestora.
· Cuidadores.
· Alunos.
· Professores (as) .
· Auxiliares.
· Funcionários.
Objetivos dos Alunos:
(Afeto):
· Relacionar-se num ambiente organizado para o conforto e segurança.
· Oferecer, aos colegas, atenção em tempo integral.
· Fazer carinho no outro.
· Ser amável.
(Ternura):
· Criar formas de afeto.
· Fazer carinho em si.
· Fazer carinho no outro.
· Valorizar os livros, animais e a natureza.
· Ser amável.
(Bondade):
· Ajudar o colega e a professora.
· Ser bondoso no dia-a-dia.
(Carinho):
· Fazer carinho em si.
· Fazer carinho no outro.
· Valorizar os livros, animais e a natureza.
(Felicidade):
· Buscar a felicidade por meio de relacionamentos.
· Valorizar os livros, animais e a natureza.
(Cuidado):
· Ter o cuidado consigo, com o outro, com o próximo, com os animais e plantas.
· Ter cuidado com o brinquedo e com o espaço.
(Alegria):
· Brincar com alegria, respeitando o colega.
· Cooperar com a organização da sala com muita alegria.
· Participar das atividades desenvolvidas em sala com alegria e capricho.
(Unidade): · Ajudar e abraçar o amigo.
· Respeitar o amigo.
(Companheirismo):
· Ajudar uns aos outros.
· Abraçar o amigo.
· Ajudar o amigo quando ele cair e não rir dele.
· Ser companheiro quando do amigo em todos os momentos.
(Amizade):
· Buscar a amizade por meio dos relacionamentos.
· Abraçar o amigo.
· Fazer carinho no amigo.
· Ajudar o amigo.
(Felicidade):
· Buscar a felicidade, por meio de relacionamentos, para poder ter paz e saúde.
· Valorizar nos livros, histórias e jogos todos os valores que explicitam a bondade humana, as gentilezas, o carinho, a meiguice e a solidariedade.
· Exercitar o ganhar e o perder, a alegria e os demais valores.
(Cooperação):
· Ajudar uns aos outros.
· Arrumar a sala.
· Escutar o amigo.
· Cuidar dos brinquedos.
· Catar o lixo do chão.
· Prestar atenção na rodinha.
· Mostrar onde está o giz-de-cera.
· Não precisar de ajuda para calçar o sapato.
(Honestidade):
· Perceber a importância do valor “Honestidade” para a convivência em grupo.
· Entender o que é honestidade.
· Observar, no dia-a-dia, os valores e colaborar para alcançá-los e praticá-los com atitudes cotidianas.
· Ouvir e recontar histórias que falem de valores.
· Saber diferenciar os valores estudados.
(Sinceridade):
· Falar a verdade.
· Ser sincero com os cuidadores, professores e amigos.
· Ser amigo.
· Ter atitudes sinceras.
(Honestidade):
· Ser amigo.
· Ler livros para os amigos e ajudá-los quando eles caírem.
· Falar a verdade.
· Ajudar o pai e a mãe.
· Não bater nos amigos.
· Não mentir para os outros.
· Cuidar da natureza.
· Ajudar as pessoas machucadas e tristes.
· Não culpar outras pessoas; assumir os próprios erros.
(Simplicidade):
· Ser simples em todas as atitudes.
· Mostrar aos demais que podemos fazer sempre o máximo, sendo no mínimo simples.
· Eliminar algumas situações que são desnecessárias à nossa vida (excessos).
· Construir atitudes simples diariamente.
· Perceber como é simples, Ser simples.
· Valorizar o Ser Simples de cada um.
· Elaborar estratégias simples para alcançarmos nossos demais objetivos.
· Desenvolver atitudes mais simples em nossos pais.
· Buscar ajudar o colega sendo simples na fala e nas atitudes.
· Enxergar a simplicidade como exercício da verdade.
· Ser, sempre, você mesmo.
(Respeito):
A bondade é o princípio do tato, e o respeito pelos outros é a primeira condição para saber viver.
Henri Amiel.
· Cuidar do amigo.
· Cuidar da natureza.
· Ver um amigo machucar ou cair e não rir dele.
· Aprender mais sobre o respeito e sobre os valores.
(Coragem):
Definição: CORAGEM - do Latim. cor, coração. Segundo o dicionário: firmeza de espírito, energia diante do perigo; ânimo; valentia; perseverança.
Justificativa: O 2º ano passa, nessa nova etapa, por mudanças até então não experimentadas na escola que são: uso de 4 livros didáticos e caderno com mais freqüência; aprender a ter muita responsabilidade com as tarefas, os materiais; transpor da letra script para letra cursiva; ficar o dia todo na escola um dia da semana; avaliações ao longo do processo. E, para superar todas essas mudanças, só com muita coragem, perseverança, valentia, ânimo, firmeza de espírito e muita energia. O que fica muito mais fácil quando o nome da turma já nos remete a todas essas demandas.
· Ter a CORAGEM como carro chefe de nossas ações e o objetivo que a turma perseguirá ao longo deste ano.
(Responsabilidade):
Justificativa: Para aprendermos a cuidar melhor das pessoas, da escola e dos animais, temos que ter responsabilidade, porque, assim, o mundo terá menos violência.
· Ter responsabilidade com a natureza
· Ter mais cuidado com os materiais.
· Aprender a arrumar a sala.
· Ter cuidado com o colega.
· Ter responsabilidade com as nossas tarefas.
· Ter cuidado com os animais.
· Cuidar dos livros.
· Ter responsabilidade para não deixar o material sumir.
(Responsabilidade Global):
Justificativa: Responsabilidade não é apenas algo que nos obriga, mas também algo que nos permite obter o que nós desejamos.
· Se nós desejamos paz, nós temos a responsabilidade de sermos pacíficos.
· Se nós desejamos um mundo limpo, nós temos a responsabilidade de cuidar da natureza.
· Fazer a nossa parte.
· Responsabilidade Global requer ter respeito por todos os Seres Humanos.
(Liberdade):
· Fazer com que todos tenham mais respeito.
· Terminar todas as atividades.
· Cuidar melhor dos materiais e amigos.
· Ter responsabilidade.
· Aprender mais.
· Ser feliz.
· Respeitar os professores.
· Cooperar com os amigos e professores.
· Saber escutar.
· Escrever e ler mais.
· Escutar o outro.
(Paciência):
Justificativa: Escolhemos o nome paciência, pois é um valor que ainda não internalizamos. Vamos exercitar a paciência:
· Tentando relaxar mais.
· Conversando quando estivermos bravos com alguém.
· Treinando o saber ouvir o outro.
· Ouvindo músicas relaxantes.
· Esperando a vez de comprar lanche e almoço.
· Irritando-nos menos com as coisas.
· Fazendo atividades e dinâmicas de relaxamento.
(Paz):
Justificativa: Escolhemos paz porque: Precisamos de paz, de calma, de tranqüilidade e amizade; às vezes, brigamos, não relaxamos e tratamos mal as pessoas.
· Ajudar as pessoas para estarmos todos em paz.
(União):
· Valorizar ainda mais a nossa amizade.
· Compreender e descobrir novos valores.
· Criar oportunidades para conhecer o outro sem julgar.
· Fazer com que a nossa turma seja mais unida.
· Saber ter unidade para que, assim, possamos permanecer juntos mesmo quando sairmos da escola.
Objetivos dos Cuidadores:
· Pontualidade.
· Observação da agenda.
· Responsabilidade com os materiais.
· Cuidado com os uniformes.
· Cuidado com os brinquedos.
· Compromisso com os estudos, respeito às diferenças culturais, sociais e religiosas.
Justificativa:
Desenvolvendo e refletindo sobre os valores
O que é um valor?
Todos nós temos valores, princípios pelos quais escolhemos basear nosso comportamento. Às vezes, as pessoas são conscientes de seus valores e podem afirmá-los; mas, em muitas outras, no entanto, nunca pararam para considerar exatamente quais são os valores que as guiam. Pessoas diferentes têm valores diferentes. Qualquer casal de pais pode compartilhar alguns valores e discordar em outros; às vezes, eles podem ser contraditórios. Um pode valorizar bens materiais e o outro pode preferir não ter mais que o necessário à sobrevivência. Alguns valores, no entanto, como cuidado, responsabilidade, honestidade, coragem, lealdade, curiosidade e sabedoria, costumam pertencer à maioria das pessoas.
Você deve questionar sua consciência para exigir que seu filho viva segundo os valores que você carrega. As crianças, quando vão crescendo, questionam seus valores enquanto buscam aqueles nos quais basearão a própria vida. Esse estágio, natural e necessário, de desenvolvimento é mais difícil para as crianças que não tiveram uma base firme sobre a qual começar suas explorações. É seu papel, como pai, mãe, adulto fornecer tal fundação.
A primeira coisa a fazer é identificar seus valores; depois, observar como integrar seus valores em sua família e passá-los para seus filhos. Para isso, você precisará:
· Reconhecer seus valores.
· Compreender o que eles significam para você.
· Viver seus valores.
· Modelar seus valores de forma que seus filhos possam vê-los e compreendê-los.
· Perceber o que uma criança precisa saber e ser capaz de supri-la seguindo um valor.
· Compreender os passos de desenvolvimento pelos quais uma criança deve passar para viver seguindo um valor.
· Reconhecer oportunidade de ensinar valores.
COMO AS PESSOAS MOSTRAM SEUS VALORES?
As pessoas mostram seus valores por meio de suas ações. Alguém que acredita no cuidado verificará se uma criança chorando perdida no shopping precisa de ajuda. Alguém que acredita na responsabilidade certificar-se-á de cumprir o horário estabelecido para chegar para uma reunião regularmente, pagar as contas em dia e manter compromissos.
ENSINANDO VALORES:
A diretora do Colégio Arvense reconhece um esboço de seus próprios valores nos exemplos que usa para ilustrar pontos e processos de integração de valores. Veja os seus exemplos como ilustração do processo, não como declaração de que esses são os “melhores” valores. Com eles, a intenção é ajudá-los a “nutrir” ou “ensinar” valores. Valores podem ser apresentados ao nascer e, então, perdidos em uma sociedade que não acredita que eles valham a pena. Alguns valores podem entrar em conflito entre si.
Conhecer (listar) seus valores faz com que a nutrição de uma criança fique mais fácil e mostra a direção para todas aquelas decisões que você está, constantemente, tomando ou tentando manter.
Valores são importantes para Pablo e Mariana, pais de Felipe (6 anos) e Ana (4 anos). Ambos pensaram seriamente quando Felipe ainda era um bebê: quais valores queriam instilar em seu filho? De qual direção ele precisaria para tem uma vida feliz e realizada? A lista de valores deles inclui o cuidado, ter consciência dos sentimentos, ser competente e ter autoestima. Eles reuniram informações sobre os valores que priorizavam para ajudar na integração destes em sua vida familiar. Usar os valores para direcionar a forma sobre como lidar com Felipe e sua pequena irmã, Ana, tornou-se rotina.
Vamos observar atentamente um recorte de uma cena como exemplo:
Pablo estava organizando a correspondência do dia, quando ouviu Felipe (6 anos) gritar com Ana (4 anos):
- Você não pode fazer isso! Está roubando!... Eu não vou jogar com uma ladra. Felipe acrescentou irritado, ao levantar e chutar o tabuleiro do jogo, espalhando peças por todo o chão. Ana o olhou, surpresa e magoada, e começou a chorar.
Pablo modela seu comportamento baseado nos próprios valores, logo, pergunta aos filhos o que aconteceu e ouve, atentamente a resposta de cada um deles:
- Ela andou com a peça dela pra cá, replica Felipe, apontando o para ao tabuleiro.
- Mas eu só queria ficar perto da peça do Felipe, murmurou Ana, Agora, ele estragou meu jogo. As pecinhas estão todas perdidas.
Pablo disse à filha mais nova:
- Seu jogo não está estragado, Ana. Abraçando a filha, continuou: Vamos encontrar as peças e colocá-las outra vez no tabuleiro.
E perguntou a Felipe:
- Ana ainda não compreende as regras da mesma forma que você. Vocês conseguem pensar em um jogo sem regras, para os dois se divertirem?
Fungando, as crianças começaram a recolher as peças. Pablo direcionou a atenção para o seu filho Felipe:
- Lembra-se de que conversamos na noite passada, Felipe? Pablo diz, gentil e calmamente, com a mão no ombro de seu filho. Era isso que queria dizer: Ana ainda não entende as regras como você.
Valorizando também que seus filhos estejam em contato com seus sentimentos, Pablo prossegue:
- É frustrante quando as duas pessoas não entendem o jogo do mesmo jeito, né? Mas chutar não adianta... seria melhor contarmos as peças para ter certeza de que estão aqui. Vocês podem jogar de novo.
Para ser capaz de cuidar de uma pessoa, é preciso ser capaz de aprender e a compreender com a situação. Com 6 anos, Felipe está começando a conseguir isso. Seus pais já tentaram ajudá-lo explicando que, para Ana, as regras ainda não significam muito. Agora, Pablo lembra Felipe dessa conversa, sabendo que ele precisará dela. Além disso, Pablo sabe que a natureza intensa de Felipe dificulta que ele se lembre disso.
Por fim, Pablo tira das crianças a sensação de raiva e frustração, baseando suas ações em outros valores importantes para ele, como a noção de competência e de autoestima das crianças:
- Vocês dois podem pensar em um jeito de brincar com o jogo em que não precisem seguir regras? Ou sabem de alguma coisa diferente para brincar com o jogo em que não precisem seguir regras? Ou sabem de alguma coisa diferente para brincar com a qual os dois se divirtam?”
Pablo também ouviu. Lembrou Felipe da compreensão de Ana sobre regras, sabendo que a compreensão e o comportamento do Felipe eram influenciados mais por seu nível de desenvolvimento e temperamento que por valores paternos. Pablo e Mariana sabiam quais informações e passos as crianças precisariam para serem capazes de viverem segundo seus valores, como o cuidado com os outros. Felipe e, naturalmente, sua irmã precisam de ser capazes de aprender com a situação e compreender o ponto de vista do outro.
Ensinar valores é um processo que acontece diariamente. Para serem capazes de integrar seus valores na paternidade, Pablo e Mariana sabiam os seus valores. Sabiam que queriam que as crianças fossem capazes de cuidar, conhecer seus sentimentos, sentirem-se competentes e ficar bem com elas mesmas. Também viram oportunidades de aplicar seus valores. Pablo não disse para as crianças como podiam se divertir juntas, mas deixou a decisão para elas.
ANALISANDO UM VALOR:
Cuidado e capacidade de cuidar.
Pensando sobre o valor
Definição: Capacidade de sentir, pensar e agir pelos interesses próprios, dos outros e do ambiente.
Comportamento refletindo o valor: Recolhe o lixo ao lado da rua, faz um gostoso lanche para o irmão mais novo, lê para um vizinho idoso cuja visão está debilitada. Não usa drogas. Certifica-se de ter comida, água, atividade e abrigo disponíveis aos animais.
Conhecimentos e Habilidades necessários: Tem a destreza necessária para agir cuidadosamente. Capacidade de tomar decisões é particularmente importante.
Valor Inato? ( ) sim ( X ) não
ENSINANDO OU PRESERVANDO O VALOR
Bebê: ensine-o a diferenciar entre coisas vivas e não vivas. Ajude-o a interagir com pessoas, a experimentar as consequências do mundo natural com segurança, como ensinando-a a não pegar alguma coisa quente.
Criança: dê oportunidades para ela estar com outras pessoas, incluindo bebês e crianças. Ajude-a no aprendizado de que os humanos devem ser tocados de forma diferente dos objetos, que choram e se machucam e que é particularmente agradável tê-los por perto.
Idade Pré-escolar: ajude a criança a prender a revezar, a compartilhar e perceber sentimentos similares aos dela que os outros também têm. Continue oferecendo-lhe oportunidades para ela interagir com outras pessoas. Dê a ela a chance de entreter uma criança mais nova e cuidar do ambiente (recolher o lixo no playground ou enquanto passeia, por exemplo).
Idade Escolar: incentive-a a encontrar informações necessárias sobre do que vai cuidar – crianças mais novas, animais, plantas etc. – e as habilidades necessárias para realmente realizar essa tarefa. Ensine-a sobre como informar-se e capacitar-se. Ajude-a na compreensão de como as pessoas são diferentes entre si e, como resultado, apresentam necessidades diversas. Discuta sobre como planejar e cuidar de uma criança mais nova por um curto período de tempo, talvez lendo uma história ou brincando com algum jogo. Fale sobre cuidar do ambiente.
Adolescente: dê oportunidades para ele cuidar de alguma coisa. Nesta idade, ele deve ser capaz se envolver, enxergar a perspectiva do outro, descobrir as necessidades da pessoa ou coisa de que está cuidando, compreender a situação e fazer planos. Ele deve ter as habilidades para cuidar ou saber como adquiri-las. Caso ele não tenha as habilidades, o que é muito provável, já que nossa cultura não enfatiza o cuidado, você pode fornecer oportunidades para ele aprender. Nota: Tarefas de envolvimento de adolescentes freqüentemente interferem com a capacidade de cuidar de outras pessoas ou coisas. Por outro lado, os adolescentes costumam ser as pessoas mais altruístas.
INFLUÊNCIAS NO APRENDIZADO DO VALOR
Necessidades: suas necessidades sociais darão alguma motivação para que a criança queira aprender como cuidar dos outros, incluindo animais.
Temperamento: se o aprendiz é emocionalmente sensível, será consciente de como o outro se sente, o que lhe dará informações úteis para quando quiser cuidar de outra pessoa. Uma criança muito concentrada em seus próprios relacionamentos costuma ter maiores dificuldades em pensar as necessidades dos outros.
Estilo de Aprendizagem: um aprendiz visual precisa de pistas visuais; então, livros, figuras, quadros são úteis ao ensinar-lhe que está envolvido em cuidar de alguém ou de alguma coisa, como um animal.
REFLEXÕES SOBRE O VALOR:
Influências de Outros Valores: a tomada atenta de decisões é importante quando se está lidando com uma situação na qual planejamos cuidar de algo ou de alguém. Informações e habilidades perspicazes são necessárias. Uma criança aprende quando é apropriado cuidar e quando é mais importante basear seu comportamento em outros valores, como a assertividade, a competitividade ou a atenção às próprias necessidades.
Novo Pensamento Resultante de Análise: agir de forma cuidadosa requer mais que o simples desejo de ser útil. É um processo complexo, que requer motivação, conhecimento e habilidades. Pais que não são conscientes de seus valores correm o risco de perder oportunidades de ensiná-los aos filhos de forma consistente.
Lendo: o livro Ensinando valores – criando um adulto admirável traz experiências reais e ilustra como os pais podem identificar e definir seus valores e integrá-los à vida familiar. As descrições discutem o processo. O conteúdo lhes dá bases sobre as necessidades, os níveis de desenvolvimento, os estilos de aprendizagem e o impacto do temperamento na capacidade da criança de aprender e viver segundo os valores. O livro sugere, ainda, alguns exercícios que ajudarão a reconhecer e a integrar os valores da família.
QUAIS SÃO OS SEUS VALORES?
Valores podem ser guias para a vida, como acontece com Pablo e Mariana. Podem fornecer poderosos meios para influenciar as crianças. Contudo, os pais raramente pensam sobre quais são seus valores, e também raramente são questionadas sobre isso.
IDENTIFICANDO SEUS VALORES:
Para tirar qualquer dúvida a esse respeito, que tal você fazer um exercício e pensar quais valores você quer que seu filho tenha como base a partir de agora? Quais comportamentos deseja ver? Quer que seu filho seja responsável? Capaz de atingir as expectativas estabelecidas em um trabalho? Quer que seja cuidadoso? Capaz de criar relacionamentos duráveis e carinhosos?
EXPLICITANDO MEUS VALORES:
Neste momento busque identificar que valores estão regendo sua vida.
VALORES – CONCEITOS:
Vivendo Valores, um manual.
COOPERAÇÃO: aquele que coopera recebe cooperação. O método para cooperar é usar a energia da mente para criar vibrações de bons votos e sentimentos puros para os outros e para a tarefa. Permanecendo desapegado, objetivo e influenciado por valores mais íntimos e não por circunstâncias externas, a cooperação sutil na forma de sabedoria emerge. A cooperação não é um jogo de barganha no qual o sucesso de uma pessoa é obtido às custas ou à exclusão do sucesso dos outros. A meta constante da cooperação é o benefício mútuo em interações humanas; ela é governada pelo princípio do respeito mútuo. Coragem, consideração, apreço e compartilhamento suprem uma fundação a partir da qual a cooperação, como um processo, pode ser desenvolvida.
LIBERDADE: liberdade total funciona apenas quando os direitos são equilibrados. O poder mais potente para colocar um fim às guerras internas e externas é a consciência. A liberdade pode ser erroneamente entendida como sendo um vasto e ilimitado guarda-chuva que dá permissão para “fazer o que eu quero, quando eu quero, para quem quer que eu queira.” Este conceito é enganoso. A liberdade verdadeira é exercida e experimentada quando parâmetros são definidos e entendidos. Parâmetros são determinados pelo princípio de que todos têm igualmente os mesmo direitos.
FELICIDADE: através do poder da verdade, há riqueza, e através do poder da paz, há saúde. Juntas, elas dão felicidade. Felicidade é conquistada por aqueles cujas ações, atitudes e atributos são puros altruísmos. No presente, muitos questionam o propósito da vida. Alguns estão cansados de viver, outros perderam a esperança. Alguns fazem esforços para obter riqueza, acreditando que ela trará felicidade. Alguns, que têm riqueza, podem não ter saúde, e isso causa infelicidade. Alguns escolhem determinadas profissões acreditando que isso dará felicidade. Outros buscam felicidade através de relacionamentos. No entanto, não importa quanta felicidade tais medidas possam trazer, elas são fontes temporárias e limitadas do mundo material e, em muitos casos, trazem igual quantidade de tristeza e infelicidade.
HONESTIDADE: honestidade significa que não há contradições ou discrepâncias em pensamentos, palavras ou ações. Ser honesto com o nosso eu real e com o propósito de uma tarefa conquista confiança e inspira fé nos outros. Honestidade é jamais usar erroneamente aquilo que nos é dado em confiança. Honestidade é a percepção do que é certo e apropriado no nosso papel, no nosso comportamento e nos nossos relacionamentos. Com honestidade, não existe hipocrisia ou artificialidade, que criam confusão e desconfiança nas mentes e vidas dos outros. A honestidade possibilita uma vida de integridade, pois os seres interior e exterior se espelham um no outro.
HUMILDADE: uma pessoa que incorpora humildade se esforçará por escutar e aceitar os outros. Quanto maior for a aceitação dos outros, mais a pessoa será mantida em alta estima, e mais ela será escutada. Uma palavra falada com humildade tem o significado de mil palavras. É aceitar princípios naturais que não podem ser controlados. Tudo o que nós temos – desde os corpos nos quais nascemos até as nossas posses mais estimadas – é herdado. Portanto, usar estes bens de uma forma digna e benevolente torna-se um imperativo moral.
AMOR: amor é o princípio que cria e sustenta as relações humanas com dignidade e profundidade. O amor espiritual nos leva ao silêncio e este silêncio tem o poder de unir, orientar e liberar as pessoas. O amor é a pedra fundamental para a crença na igualdade de espírito e na individualidade. Quando o amor é aliado à fé, isso cria uma forte fundação para iniciativa e ação. O amor é um catalisador para mudanças, desenvolvimento e conquistas. O amor flui a partir da verdade, ou seja, da sabedoria. Descobrir os segredos do amor é observar os segredos da vida se revelarem. A base do amor real entre pessoas é espiritual. No amor espiritual existe harmonia, pois o amor remove tendências controladoras ou co-dependentes e assegura generosidade, cuidado e entendimento amistoso.
PAZ: em sua forma mais pura, paz é silêncio interno preenchido com o poder da verdade. Paz é a característica proeminente do que nós chamamos de “uma sociedade civilizada” e o caráter de uma sociedade pode ser visto através da consciência coletiva dos seus membros. A paz tornou-se tão enganosa que as pessoas começaram a questionar sua existência. A paz consiste em pensamentos puros, sentimentos puros, desejos puros. Quando a energia do pensamento, da palavra e da ação está equilibrada, estável, o indivíduo está em paz com seu eu, nos relacionamentos e com o mundo. Abrindo a janela para o eu interior, os indivíduos são capazes de classificar e localizar, com precisão, atitudes e padrões de comportamento que são destrutivos e causam caos e falta de paz.
RESPEITO: conhecer o seu próprio valor e honrar o valor dos outros é o verdadeiro meio para obter respeito. Respeito é um reconhecimento do valor inerente e dos direitos inatos do indivíduo e da coletividade. Estes devem ser reconhecidos como o foco central para extrair, das pessoas, um comprometimento com um propósito superior na vida. Quando a palavra auto é removida de autorrespeito, o vácuo é preenchido por uma variedade de desejos ou expectativas. O indivíduo, tendo se tornado dependente de forças externas ao invés de poderes internos, então, mede o respeito por fatores físicos e materiais.
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