Portfólio
Porquê Registrar?
Em nossas indagações e reflexões sobre o currículo e avaliação, principalmente a avaliação na Educação Infantil, nos questionamos como estamos avaliando nossas crianças e se estivermos, quais instrumentos e práticas usamos para esta avaliação?
Sabemos que avaliação é um tema controverso e que envolve a concepção do educador sobre educação e infância, além do contexto social que está inserido.
Dentro desse contexto de reflexões e transformações que a nossa prática pedagógica vem atravessando, nos questionamos : Os métodos de avaliação que usamos são suficientes? (coerentes? eficientes?) São significativos para nossas crianças? É dinâmico e contextualizado com o conteudo que o grupo vem aprendendo? Considera-se a experiência real de cada criança individualmente, ou avalía-se o grupo?
O que temos em comum acordo até agora (equipe pedagógica) , é que a avaliação deve ser pensada como acompanhamento do Processo de aprendizagem, e não como um produto final. E o único caminho que pode nos levar a este processo, é ampliando nossas práticas de observação, interpretação, registro e análise.
Levantamos alguns pontos que poderão nos orientar nesse novo caminho:
-Onde estamos?
-Para onde queremos ir?
-Como podemos chegar?
Sabemos onde estamos, que precisamos e queremos mudar.
Queremos chegar numa avaliação onde tenhamos registrado a trajetória de aprendizagens da nossa turma (e posteriormente, do aluno individualmente) e um dos caminhos por onde trilha o processo de observação, registro e análise, é através de Portfólio, Dossiês, ou arquivos Biográficos.
Pensando na importância desse processo, assumimos como meta para 2009, a introdução do Portfólio, para todos os níveis, como instrumento de avaliação do grupo (e também do professor) na nossa escola.
Sabemos que não será uma mudança fácil e nem ocorrerá da noite para o dia, pois como dissemos, envolve vários aspectos e concepções de cada educador, reavaliação das nossas práticas e rupturas de alguns hábitos.
Agora nos resta trabalharmos o "Como fazer", que é o assunto de pauta dos nossos últimos e próximos HTPCs.
Vamos deixar um artigo de Terezinha Guerra - Educadora com ampla experiência em capacitação tecnica de professores, autora de inúmeras publicações na área da educação.
Portfólio
Porquê, O quê, e Quando Registrar.
Pois é, basta nascermos e alguém já corre a providenciar nosso registro! Outros tantos virão pela nossa vida afora, memórias vivas do que já fomos ou fizemos: diplomas, certidões, certificados e quantas e deliciosas fotos de aniversários, formaturas, casamentos, natais, viagens...
E nossos diários e agendas de adolescentes? Quantos registros de momentos mágicos, de sonho e também de tristezas, na época parecendo insuperáveis?
Sim, somos seres de registros, precisamos deles! Aliás, segundo Vygotsky, o que nos diferencia dos animais é o exercício do registro. Desde os tempos mais remotos, em que nossos ancestrais desenharam nas paredes das cavernas até os dias de hoje, em que grafiteiros pintam os muros das grandes cidades, o ser humano sente a necessidade de deixar sua marca por onde passa. Histórias gravadas em pedras, papéis, filmes, fotos...
Enquanto professores, também somos agentes de uma história compartilhada por dezenas de alunos e, nesse percurso, deixamos marcas, elaboramos registros...
Mas, o que seriam registros de aulas ?
Na verdade, todas as produções dos alunos - escritas, desenhadas, cantadas, representadas, dançadas... - são registros. Demonstram de que forma relacionaram, pensaram, simbolizaram, apreenderam, articularam determinados conteúdos e de que maneira esses se concretizaram, se sintetizaram em recortes do conhecimento apreendido.
Elaborar registros escritos é fundamental, pois o ato de escrever sobre aquilo que se aprendeu - ou se ensinou - faz refletir, organiza o pensamento e sintetiza ideias de forma consciente, mais profunda, num exercício de apropriação do conhecimento e de construção de significações.
Para o professor, o ato de registrar - intimamente ligado ao ato de avaliar - possibilita a melhor percepção dos progressos, obstáculos, retrocessos e limites de seus alunos, assim como permite efetuar as intervenções imediatas e apontar possíveis encaminhamentos.
Cada momento de registro é também uma pausa para se repensar a própria prática pedagógica, rever caminhos, tentar novas possibilidades e reafirmar certezas.
Pedir, observar e interpretar os registros dos alunos requer um olhar que vá além das aparências, que busque os significados estéticos, simbólicos, cognitivos; um professor atento, investigativo, sensível, que não despreza pistas, que lê nas entrelinhas, dialoga com seus aprendizes e com sua própria prática e que, acima de tudo, tem clareza do seu papel de educador, dos objetivos do ensinar e aprender e do que pretende com cada uma das situações de aprendizagens propostas.
O quê e quando registrar?
Quando fotografamos um aniversário, por exemplo, tiramos fotos dos momentos mais significativos da festa, aqueles que sintetizam, da melhor forma possível, o evento que queremos registrar, para relembrar o acontecido, para organizarmos nosso álbum de memórias.
Assim também, na sala de aula, registros devem marcar etapas importantes de um projeto ou sequência de situações de aprendizagem.
Podem ser solicitados registros ao se dar início a um novo projeto, com função de diagnóstico; nesse caso, o professor poderá perceber o repertório de seus alunos, tendo, assim, melhor clareza de como orientar seu planejamento a partir das noções e conceitos que a classe já possui, desvelando e ampliando conhecimentos, corrigindo possíveis distorções e atendendo às necessidades e interesses individuais e coletivos.
Registros também podem e devem ser feitos ao final de uma aula, etapa ou momento significativo de um projeto ou sequência didática, quando se pretende verificar o que de fato foi apropriado pela classe até então, observando suas dificuldades e progressos, verificando como se dá a articulação entre o repertório dos alunos e os novos conteúdos trabalhados, pensar intervenções e replanejar ações.
Ao final de um projeto, registros mostram a sistematização do conhecimento, o que de fato foi significativo, quais mudanças ocorreram, se os objetivos propostos foram atingidos, de que forma os aprendizes articularam sua nova aprendizagem.
Vale relembrar que toda produção dos alunos é uma forma de registro: conversas, desenhos, pinturas, textos, música, poemas, teatro, esculturas... E, é claro, também fotos e gravações!
O importante é que esses registros, todos, tenham legendas, datas e que sejam contextualizados.
Nada mais intrigante (e frustrante!) do que uma foto antiga que ninguém mais se lembra de onde foi tirada, em que época, que pessoas são aquelas ali retratadas... Assim, se o professor faz uma gravação de uma roda de conversa, ou apresentação musical de seus alunos ou os fotografa em uma atividade de pintura, é fundamental garantir todos os créditos: a data, quem são as pessoas ali presentes, qual a etapa do projeto, qual o projeto...
Alunos e professores precisam adquirir o hábito de datar suas anotações, suas produções e de contextualizá-las.
É importante salientar que registros escritos são fundamentais, mas não devem ocupar um período muito grande das aulas.
Todos já vimos pessoas em viagens de férias que passam o tempo todo com uma filmadora a tiracolo... Sim, registram tudo, o tempo inteiro, mas e o passeio? E a festa, o prazer, o conhecimento de uma nova cultura? Fica tudo virtual, tudo visto muito tempo depois, através de uma lente...
É preciso fotografar, filmar, registrar sim, mas apenas os momentos mais significativos, porque infelizmente, nossa memória vai se tornando diáfana, mas, mais importante que tudo, é viver, experienciar, estar ali de corpo e alma!
Desta forma, o que vale mesmo, é o professor estar presente e atento a todas as produções dos alunos, e anotar - estes são os seus registros - de forma individual ou por grupos de aprendizes, como estes se envolvem nas atividades, de que forma resolvem os desafios propostos, que dificuldades apresentam, que soluções encontram para determinados problemas, de que maneira articulam o fazer e o conhecer.
Aos poucos, através da prática do registro, é que o professor vai percebendo quais são os momentos sínteses de cada proposta, de cada situação que merecem ser registrados.
O portfólio
Há algumas décadas atrás, os "registros" da aprendizagem se resumiam a cadernos iguais, encapados iguais, apresentando a mesma sequência de atividades iguais e o melhor aluno era, obviamente, aquele que fosse mais "igual" ao professor, que cobrava cada página ausente (ele sabia a ordem das coisas...) e não aceitava nada além daquilo que ele havia colocado na lousa...
Educadores contemporâneos sugerem a organização dos registros dos alunos - e também os do professor - em portfólios, palavra essa que não deve ser desconhecida dos arte-educadores, pois se trata de uma pasta há muito tempo usada por artistas e arquitetos, que nelas documentam todo seu percurso profissional, selecionando suas obras mais marcantes e significativas.
Cada aluno pode e deve criar seu próprio portfólio - que é individual -, nele guardando suas produções e documentando toda sua trajetória durante um determinado projeto ou ano escolar, sempre orientado pelo professor que, com sua turma pode combinar os critérios de seleção dos trabalhos que dele farão parte: textos, desenhos, rascunhos, projetos, anotações, reflexões, trabalhos individuais ou em grupo, relatórios, marcos significativos de aprendizagem, organizados de forma que evidenciem o envolvimento do aprendiz no processo de ensinar/aprender.
Cada portfólio é único, tem a marca de quem o fez, com a história única, irrepetível de seu autor.
Um portfólio não deve ser visto como uma caixa onde se guardam coisas que não se usa mais, nem organizado de forma mecânica ou burocrática.
Ë algo vivo, dinâmico, que se consulta sempre, que é objeto de reflexão, de análise e de avaliação contínua.
O professor também deve elaborar o seu portfólio, de cada classe, com registros de cada aluno ou grupos de alunos, com suas reflexões, anotações, avaliações, enfim, com a história de seu percurso com aquele grupo de alunos que lhe foi confiado naquele período de tempo.
Portfólios podem e devem ser compartilhados entre os alunos da classe, com outros professores da escola, assim como com os pais.
São como álbuns de fotografias, revelam vidas, contam histórias...
Bibliografia
SMOLE, Kátia Stocco. Inteligência e avaliação: Da idéia de medida à idéia de projeto. Tese de doutorado. FEUSP - SP: 2002.
CENPEC - Centro de Estudos e Pesquisa para Educação, Cultura e Ação Comunitária. . Importância e função do registro. Ensinar e Aprender. SP: 2000
Martins, Mírian Celeste, Picosque, Gisa e Guerra, M. TerezinhaTelles. A língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. FTD SP: 1998.
CASTRO, Edmilson. A produção do registro do educador: decifrando sinais. Espaço Pedagógico. SP:2001
pal ou com todo o coletivo
FREIRE, Madalena. O papel do registro na formação do educador. Diálogos Textuais. Espaço Pedagógico. SP: 2001
PERNIGOTTI, Joyce Munarski, Saenger, Liane, Goulart, Lígia B., Ávila, Vera M. Zambrano. O portfólio pode muito mais do que uma prova. Pátio. Revista pedagógica. Ano 4 - n.º 12.
O portfolio deve atender à naturezas específicas e aos objetivos de acordo com o trabalho realizado , contudo deve sempre seguir os critérios de :
- organização: estrutura e apresentação dadas ao portfolio.
- seleção: diversidade e representatividade dos trabalhos escolhidos;
- reflexão: qualidade dos comentários escritos;
ITENS DO PORTFÓLIO
Capa
Identificação
Índice
Apresentação
Objetivo do curso
Atividades presenciais
Agenda de atividades trabalhadas no encontro (roteiro da aula)
Registro de aprendizagem (relatórios de cursistas e capacitador)
Avaliação do curso
Dicas
Inclua trabalhos que melhor representem a aula.
Mostre somente o que você fez naquela aula.
Não encha a pasta simplesmente para fazer volume.
Mostre os processos e os produtos das atividades.
Ilustre diferentes modos de trabalho (na aula, fora da aula, individual, em grupo).
Inclua referências a experiências de aprendizagem diversificadas (investigações, projetos, utilização de materiais, de tecnologias, ...).
Utilize comunicação diversa (escrita, visual, ...).
Fotografe algumas aulas e escolha sempre 3 ou 4 fotos que permitam ilustrar a aula.
Faça um anexo para colocar alguns trabalhos extras do curso.
Envolva seus alunos nessa forma de avaliar. Garanto que eles vão gostar!!"
O Portfolio vai sendo construído regularmente com a orientação dos professores e deve incluir comentários sobre os trabalhos nele incluído. Pode ser finalizado com uma autoavaliação global.
Bom trabalho!
UM POUCO MAIS...
O que é um portfólio?
É um instrumento ...
• de identificação da qualidade do ensino-aprendizagem mediante a avaliação
do desempenho do aluno e do professor;
• que compreende a compilação dos trabalhos realizados pelos alunos,
durante um curso, série ou disciplina.
Qual o objetivo de um portfólio?
• Ajudar os estudantes a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio
trabalho e desempenho, articulando-se com a trajetória do seu
desenvolvimento profissional, além de oportunizar a documentação e
registro de forma sistemática e reflexiva. Através dos portfólios, o professor
instaura o diálogo com cada aluno de forma individualizada, pois os alunos
devem sempre estar com seus portfólios documentando suas
aprendizagens.
Quais as vantagens do portfólio?
• Possibilidade do aluno refletir sobre seu próprio aprendizado e avaliá-lo com
o professor;
• Possibilidade dos acadêmicos, de cursos de Licenciaturas, futuros
professores, vivenciarem esta prática para que nas escolas em que atuarão
possam compreender e propor práticas avaliativas mais dinâmicas e
voltadas para uma abordagem formativa;
• Explicação, pelo estudante, da natureza do trabalho realizado e que tipo de
desenvolvimento esta tarefa possibilitou;
• Fornecimento de retro-informação (feedback) para os estudantes, pelo
professor ou comitê que avaliou o portfólio;
• Os professores melhoram sua habilidade de avaliar os alunos;
1 Texto redigido pela Professora Maiza Taques Margraf Althaus. 2007.
Referência: BOTH, I. Avaliação-ensino. Curso Normal Superior por Mídias Interativas. UEPG. 2000.
Grace, C., SHORES, E. Manual de Portfólio: um guia passo a passo para o professor. Porto Alegre: Artmed, 2001.
VITÓRI, S. O Portfólio como Instrumento de Avaliação na Organização do Trabalho Pedagógico. (mimeo)
• Os alunos melhoram sua habilidade de redigir textos e posicionar-se frente
aos temas abordados;
• Os alunos aprendem a revisar seus trabalhos de maneira organizada;
• Os alunos melhoram sua habilidade de comunicação através do relato de
experiências e realizações;
• Os alunos aprendem a tomar posse do seu aprendizado, ao envolverem-se
ativamente na elaboração de seus portfólios pessoais.
Sugestões
• Os estudantes criam seus portfólios no início de cada ano/ semestre ou
período letivo (ou no incício de um projeto)
• É interessante que o portfólio contenha um diário reflexivo para o aluno
registrar pensamentos, sentimentos, auto-avaliações de crescimento ao
longo de sua experiência naquela disciplina.
Qual a estrutura do portfólio na disciplina de Didática?
Pasta individual (livre escolha) contemplando um índice sequencial do
material (sugere-se uma folha de abertura para cada um dos itens abaixo):
• nome do aluno(a), do professor, curso, disciplina, série, ano, instituição
• índice
• justificativa do seu portfólio (texto redigido pelo aluno com criatividade)
• textos (artigos) lidos com intervenções pessoais (fichamentos orientados
pelo professor nas aulas)
• anotações /registros de aulas ( o objetivo de cada aula e a reflexão sobre
que aprendeu em cada aula)
• trabalhos / provas / pesquisas / entrevistas realizadas / estudos de caso
• auto-avaliação (felicitações, críticas, proposições, reflexão pessoal sobre o
que tem aprendido, o que gostaria de aprender, o que planeja fazer )
• indicações de leituras, sites e filmes
• fotografias, CDs, Dvds com documentação dos momentos / trabalhos
registrados
• notícias lidas extraídas de jornais, sites, revistas ou reportagens (com
comentários do aluno sobre sua opinião)
• sugestões de termos para redação
• relatórios/comentários de filmes assistidos
• produções artísticas
• diário reflexivo do processo ensino-aprendizagem (mensagens / recados dos
colegas / do professor)
• glossário e outros.
Produção de Portifólios
A cada “Complexo de Interessa” desenvolvido em áreas de conhecimentos diferenciadas são produzidos portifólios que são arquivos que documentam o estudo aprofundado da temática pela turma incluindo imagens e textos de jornais e revistas, fotografias, textos extraídos da Internet, desenhos e textos produzidos coletiva ou individualmento pelos alunos, depoimentos de outras turmas e dos pais sobre o assunto. Os portifólios são reunidos na Biblioteca da Escola e são lidos e estudados pelas outras turmas mesmo depois do término do estudo naquele ano.
Atividades - Plano de trabalho
Objetivos
• Avaliar o desempenho.
• Comunicar à criança e à família o progresso.
Ano
Creche e pré-escola.
Tempo estimado
Uma hora para análise e registro após cada período. Filmagens e fotos devem ser feitas durante as atividades.
Materiais necessários
Um diário e, se possível, máquina fotográfica e filmadora.
Desenvolvimento
- Proponha atividades considerando os saberes já adquiridos pela turma. Para que o planejamento seja o mais acertado possível, é preciso conhecer muito bem cada um e seu jeito de aprender, assim como o conteúdo que está em pauta.
- Observe com olhar apurado, prestando atenção no que as crianças fazem ou deixam de fazer, nas falas ou na ausência delas. Converse com elas para compreender o modo como alcançam os objetivos socioafetivos e cognitivos. Busque ajuda se preciso.
- Acompanhe a trajetória da ação e do pensamento da criança. Identifique o ritmo, a maneira e o tempo de realizar as coisas de cada uma - sempre individualmente - e faça as intervenções necessárias para que o avanço aconteça.
- Identifique a diversidade apresentada pela turma para pensar em agrupamentos produtivos.
- Registre as observações, pois a memória não dá conta de armazenar todos os acontecimentos de um período de dois, três ou quatro meses da vida escolar da garotada.
- Organize-se para anotar, fotografar, filmar e arquivar as produções em sala. Esse processo varia. Portanto, escolha o que for mais eficiente para você. Prática, persistência e constância asseguram a coleta dos fatos e dos dados necessários para a avaliação.
- Converse com os pequenos depois de observá-los e antes de analisar os resultados. Fale também com os pais, orientadores pedagógicos e outros adultos, buscando novos pontos de vista que ampliem a compreensão dos processos de aprendizagem.
- Analise a produção ao longo de um período, comparando tarefas e atividades variadas, sem se prender a uma específica.
- Faça registros significativos, documentando, ilustrando a história e destacando os fatos mais relevantes, principalmente as falas e ações inesperadas.
- Escreva um relatório ou organize um portfólio com a análise. Nele deve constar o percurso de aprendizagem e a relação entre os conhecimentos no começo e no fim do período analisado. Registre também as intervenções feitas por você para alcançar os objetivos.
- Replaneje. A avaliação é antes de tudo um instrumento para o professor nortear seu planejamento.
- Faça um mapa sobre o que cada um já sabe e o que precisa aprender: é tempo de repensar.
- Escreva uma carta para cada aluno relatando o progresso dele e os pontos de destaque no período.
Consultoria
Helena Cristina Cruz Ruiz, orientadora pedagógica da EMEI Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos, SP.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria Fernanda d´Ávila Coelho
Mestranda em Educação/UNIVALI
OBJETIVO:
Discutir sobre os aspectos do processo vivido pelas crianças que são relevantes para serem acompanhados e registrados pelo professor e que trarão tanto à criança quanto ao próprio professor, subsídios para seguir em frente e avançar no processo educativo.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Sua função é acompanhar, orientar, regular e redirecionar o processo educativo como um todo.
Conceituada por HADJI, 2001 como:
AVALIAÇÃO FORMATIVA
“A avaliação formativa implica por parte do professor, flexibilidade e vontade de adaptação, de ajuste. Este é sem dúvida um dos únicos indicativos capazes de fazer com que se reconheça de fora uma avaliação formativa: o aumento da variabilidade didática. Uma avaliação que não é seguida por uma modificação das práticas do professor tem poucas chances de ser formativa! Por outro lado, compreende-se por que, que se diz freqüentemente que avaliação formativa é, antes, contínua”. HADJI, 2001
POR QUÊ ACOMPANHAMENTO?
•A avaliação deve ser entendida como elemento indissociável do processo educativo, possibilitando, ao professor, definir critérios para planejar e replanejar as suas atividades.
•A avaliação precisa ser realizada de forma sistemática e contínua, visando à melhoria da ação diária educativa.
•Para que uma avaliação aconteça de forma coerente, que atenda as necessidades tanto das crianças quanto do professor, é preciso uma disponibilidade e aproximidade dos envolvidos.
Ao acompanhar, observar e registrar a ação da criança, ele reúne dados significativos do processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança e (re)significa a sua prática docente.
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL É...
Priorizar o acompanhamento estreito do professor às ações das crianças. Neste caminho a ser seguido, o professor pode certificar, interagir e prospectar como aponta HADJI (2001) a cada momento deste processo, interagindo e intervindo quando necessário.
•ACOMPANHAMENTO
•OBSERVAÇÃO
•REGISTRO
1.ACOMPANHAMENTO
Avaliar é estar perto, disponível, acessível.
DEMO,2006
ACOMPANHAMENTO
Durante a observação diária, enquanto as crianças realizam as atividades, o professor encoraja a livre expressão, criando oportunidades, permitindo-lhes conhecer melhor os seus interesses e compreender os processos de aprendizagem.
2.OBSERVAÇÃO
OLHAR ATENTO
O ato de observar contribui tanto para que o(a) professor(a) possa perceber a singularidade e a integralidade das crianças, quanto para que possa realizar propostas de trabalho de acordo com suas necessidades.
A preocupação da Educação Infantil precisa estar centrada no desenvolvimento e na aprendizagem da criança, considerando que a aprendizagem pela ação é uma condição necessária para a reestruturação cognitiva e para o desenvolvimento. HOHMANN; WEIKART, 1997.
SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÂO
•Tabelas que facilitem o registro rápido e preciso do professor;
•Fichas individuais para o registro de cada criança;
•Quadros para o registro das ações coletivas;
•Pranchetas penduradas em lugares estratégico;
3.REGISTRO
O professor apóia a sua prática, registrando os processos de aprendizagem das crianças com base na qualidade das interações estabelecidas.
HOHMANN E WEIKART, 1997
Sugestão para o roteiro das avaliações das crianças
•Extrair os eventos que são representativos tanto da prática pedagógica como do processo de desenvolvimento das crianças;
•Contextualizar as ações das crianças, individualmente e coletivas;
•Dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no CEI;
•Registrar a ação das crianças e das professoras no dia-a-dia das turmas e das ações do CEI ressaltando as atividades de grupo;
•Indicar as ações que serão desencadeadas a partir da reflexão que fizemos de cada criança e do grupo todo;
•Enfatizar as aprendizagens individuais;
AS FALAS DAS CRIANÇAS
•É preciso considerar nos processos avaliativos das crianças pequenas também aquilo que elas apontam, ou seja, é preciso considerá-las também como sujeitos do processo e, conseqüentemente, como atores competentes para reorientar a prática de sua avaliação.
•As reações das crianças, suas contribuições, participações, falas, conclusões, sugestões e socializações precisam ser descritas e salientadas compartilhando com os pais e equipe. As falas das crianças ilustram e confirmam as suas aprendizagens no CEI.
DOCUMENTO FINAL
•AVALIAÇÃO;
•DIAGNÓSTICO;
•RELATÓRIO;
•PARECER;
DOCUMENTO FINAL
Geralmente estes documentos são feitos pensando somente nos pais, mas eles servem para orientar toda a equipe pedagógica e principalmente orientar as ações dos professores com relação ao planejamento diário, e a médio e longo prazo. Por isso, quando escrevemos essa avaliação, temos que manter em mente que várias pessoas poderão ler e que servirá a vários propósitos.
EXERCÍCIO
FAÇA DE CONTA QUE VOCÊ É UMA MÃE OU UM PAI E ESTÁ RECEBENDO A AVALIAÇÃO DE SEU FILHO(A).
INDICAÇÃO DE LEITURAS SOBRE AVALIAÇÃO
•HADJI, 2001.
•BONDIOLI, 2003.
•FARIA E SALLES, 2007.
•BALLESTER, 2003.
•KRAMER, 2006.
•HOHMANN E WEIKART, 1997.
•HOFFMANN, 1999.
•DEMO, 2006.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
BRINCADEIRA DE ÍNDIO
Meninos e meninas indígenas brincam muito. Através de brincadeiras, eles aprendem várias coisas: caçar, pescar, plantar, fazer panelas de barro, trançar cestos e outras coisas mais. As crianças sempre acompanham seus pais nessas tarefas. Nas aldeias, as crianças brincam com os seus animais de estimação: cachorro, arara, macaco, coati e papagaio. Muita farra nos banhos de rio e nas corridas pela mata. Aprendem muito com as histórias contadas pelos índios mais velhos sobre animais e plantas, origem do mundo, além da própria história do seu povo e de seus costumes.
As crianças indígenas brincam muito. Muitas brincadeiras tradicionais brasileiras têm influência indígena.
ALGUMAS BRINCADEIRAS:
Jogo de gavião
Todas as crianças, meninos e meninas, formam uma grande fila, cada um agarrando o corpo do colega da frente com as mãos. A brincadeira pode começar com a criança mais alta do grupo, representando o gavião. Este se posta a frente da fila e grita: piu. Esse som representa a chamada do Gavião que quer dizer “estou com fome”.
O primeiro jogador da fila estende a perna direita depois a esquerda para a frente e pergunta: quer isso? O gavião responde negativamente, repetindo a brincadeira com cada jogador até chegar à última criança. A esta o gavião diz sim e parte para sua perseguição, correndo para qualquer lado da fila. Os demais jogadores tentam impedir que o gavião pegue o último da fila, contorcendo a “corrente” para a esquerda e para direita. Nesse momento os menores acabam caindo no chão, criando um grande alvoroço. Se o gavião conseguir atingir o seu objetivo, volta a seu posto para fazer uma nova tentativa.
Quando conseguir pegar a presa, leva-a para um lugar escolhido como seu ninho, prosseguindo o jogo até que o último da fila tenha sido pego.
Jogo do peixe pacu
Como na brincadeira anterior, as crianças formam a corrente, enquanto alguém é escolhido para ser o pescador. A fila começa a se mexer, feito uma serpente e seus integrantes cantam waitá ma-ge lé ta-pe-wai (este é um pacu). O pescador corre ao longo da fila para tentar tocar o último jogador com uma vara ou um pedaço de pau, que representa a vara de pescar, enquanto as crianças que formam a corrente procuram impedir o seu objetivo.
Jogo dos patos marreca “wawin”
É uma brincadeira que simula a caça aos patos. Os participantes formam uma grande fila, cada um segurando o da frente, com os mais fortes puxando a fila. Estes saem correndo rápido, em ziguezague, de maneira que o extremo posterior da corrente se agita, fazendo os pequenos caírem com frequência. De repente, todos param, simulando o momento em que os patos entram na água. Um menino entre os maiores vira caçador e começa a disparar com as mãos nos patos (as crianças menores), fazendo tac-tac-tac. Um a um, os patos que são tocados com as mãos estendidas do caçador caem no chão, “mortos”, e levados com presas até que não sobre nenhum.
CULTURA INDÍGENA
ÍNDIOS E ARTE
GERALMENTE A ARTE INDÍGENA MANIFESTA-SE ATRAVÉS DE CÂNTICOS, VESTUÁRIOS UTENSÍLIOS, PELA PINTURA CORPORAL, ESCARIFICAÇÃO E PERFURAÇÃO DA PELE, ATRAVÉS DE DANÇAS ENTRE OUTROS, SENDO ESTES RARAMENTE PRODUZIDOS COM O INTUITO DE SEREM ARTE PROPRIAMENTE DITO. PODEMOS DIZER QUE NA SOCIEDADE INDÍGENA NÃO EXISTE UMA DELIMITAÇÃO ENTRE ARTE E ATIVIDADE PURAMENTE TÉCNICA. DE MESMA FORMA ENCONTRAM-SE ASPECTOS RITUAIS NA PRODUÇÃO DOS ARTEFATOS QUE SÃO ANTES DE TUDO ARTÍSTICA. CADA POVO INDÍGENA TEM UMA MANEIRA PRÓPRIA DE EXPRESSAR SUAS OBRAS, POR ISTO DIZEMOS QUE NÃO EXISTE ARTE INDÍGENA E SIM ARTES INDÍGENAS. AS ARTES INDÍGENAS DIFEREM-SE MUITO DAS DEMAIS PRODUZIDAS EM DIFERENTES LOCALIDADES DO GLOBO, UMA VEZ QUE MANUSEIAM PIGMENTOS, MADEIRAS, FIBRAS, PLUMAS, VEGETAIS E OUTROS MATERIAIS DE MANEIRA MUITO SINGULAR. NOS RELACIONAMENTOS ENTRE DIFERENTES POVOS, INCLUSIVE COM O BRANCO OS ARTEFATOS PRODUZIDOS SÃO OBJETOS DE TROCA, SENDO ATÉ UTILIZADOS COMO UMA ALTERNATIVA DE RENDA. MUITAS TRIBOS ENFATIZAM A PRODUÇÃO DE CERÂMICA, OUTRAS ESCULTURAS EM MADEIRA, O QUE VALE RESSALTAR É QUE ESTES ASPECTOS VARIAM DE UMA TRIBO PARA OUTRA. VEJA A SEGUIR AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS DAS ARTES INDÍGENAS.
A PINTURA CORPORAL
A PINTURA CORPORAL PARA OS ÍNDIOS TEM SENTIDOS DIVERSOS, NÃO SOMENTE NA VAIDADE, OU NA BUSCA PELA ESTÉTICA PERFEITA, MAS PELOS VALORES QUE SÃO CONSIDERADOS E TRANSMITIDOS ATRAVÉS DESTA ARTE. ENTRE MUITAS TRIBOS A PINTURA CORPORAL É UTILIZADA COMO UMA FORMA DE DISTINGUIR A DIVISÃO INTERNA DENTRO DE UMA DETERMINADA SOCIEDADE INDÍGENA, COMO UMA FORMA DE INDICAR OS GRUPOS SOCIAIS NELA EXISTENTES, EMBORA EXISTA TRIBOS QUE UTILIZAM A PINTURA CORPORAL SEGUNDO SUAS PREFERÊNCIAS. OS MATERIAIS UTILIZADOS NORMALMENTE SÃO TINTAS COMO O URUCU QUE PRODUZ O VERMELHO, O GENIPAPO DA QUAL SE ADQUIRE UMA COLORAÇÃO AZUL MARINHO QUASE PRETO, O PÓ DE CARVÃO QUE É UTILIZADO NO CORPO SOBRE UMA CAMADA DE SUCO DE PAU-DE-LEITE, E O CALCÁREO DA QUAL SE EXTRAI A COR BRANCA.
ARTE PLUMÁRIA
AS VESTIMENTAS ADORNADAS DE PLUMAS SÃO GERALMENTE UTILIZADAS EM OCASIÕES ESPECIAIS COMO OS RITOS. O USO DE PLUMAS NA ARTE INDÍGENA SE DÁ DE DOIS MODOS, PARA COLAGEM DE PENAS NO CORPO E PARA CONFECÇÃO E DECORAÇÃO DE ARTEFATOS COMO POR EXEMPLO AS MÁSCARAS COLARES ETC.
ARTE EM PEDRAS
A CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PEDRA (EX.: MACHADINHAS) FORA DE EXTREMA IMPORTÂNCIA NO PASSADO INDÍGENA, MAS NOS DIAS ATUAIS OS ÍNDIOS NÃO MAIS COSTUMAM PRODUZIR ARTEFATOS EM PEDRA DEVIDO À INSERÇÃO DE INSTRUMENTOS DE FERRO, QUE SE MOSTRARAM MAIS EFICIENTES E PRÁTICOS, EMBORA ALGUMAS TRIBOS AINDA UTILIZAM ESTES ARTEFATOS PARA OCASIÕES ESPECIAIS.
ARTE EM MADEIRA
A MADEIRA É UTILIZADA PARA A FABRICAÇÃO DE DIVERSOS TRABALHOS NAS SOCIEDADES INDÍGENAS. VÁRIOS ARTEFATOS SÃO PRODUZIDOS COMO ORNAMENTOS, MÁSCARAS, BANQUINHOS, BONECAS, REPRODUÇÃO DE ANIMAIS E HOMENS, PEQUENAS ESTATUETAS, CANOAS ENTRE VÁRIOS OUTROS. OS KARAJÁ, POR EXEMPLO, PRODUZEM ESTATUETAS NA FORMA HUMANA QUE NOS FAZ LEMBRAR DE UMA BONECA. NO ALTO XINGU OS TRABALHOS EM MADEIRA SÃO BASTANTES DESENVOLVIDOS. SÃO PRODUZIDOS MÁSCARAS, BANCOS ESCULPIDOS NA FORMA ANIMAL, NOTANDO-SE GRANDE HABILIDADE NO TRABALHO, SENDO SUA DEMANDA COMERCIAL MUITO GRANDE ADVINDA PRINCIPALMENTE DE TURISTAS.
TRANÇADO
NOS TRABALHOS DE CESTARIA DOS ÍNDIOS HÁ UMA DEFINIÇÃO BASTANTE CLARA NO ESTILO DO TRABALHO, DE FORMA QUE UM ESTUDIOSO DA ÁREA PODE ATRAVÉS DE UM TRABALHO EM TRANÇADO FACILMENTE IDENTIFICAR A REGIÃO OU ATÉ MESMO QUE TRIBO O PRODUZIU. AS CESTARIAS SÃO UTILIZADA PARA O TRANSPORTE DE VÍVERES, ARMAZENAMENTO, COMO RECIPIENTES, UTENSÍLIOS, CESTAS, ASSIM COMO OBJETOS COMO ESTEIRAS.
CERÂMICA
A FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE CERÂMICA NÃO É CARACTERÍSTICA DE TODAS AS TRIBOS INDÍGENAS, ENTRE OS XAVANTES POR EXEMPLO ELA FALTA TOTALMENTE, EM ALGUMAS SUA CONFECÇÃO É BASTANTE SIMPLES, MAS O QUE É IMPORTANTE RESSALTAR É QUE POR MAIS ELABORADA QUE SEJA A CERÂMICA SUA PRODUÇÃO É SEMPRE FEITA SEM A AJUDA DA RODA DE OLEIRO. AS CERÂMICAS SÃO UTILIZADA NA FABRICAÇÃO DE BONECAS, PANELA, VASOS E OUTROS RECIPIENTES. MUITAS SÃO PRODUZIDAS VISANDO ATENDER A DEMANDA DOS TURISTAS.
PINTURAS E DESENHO
OS DESENHOS E AS PINTURAS EM GERAL SÃO ACOMPANHADOS DE OUTRAS FORMAS DE ARTE. ESTÃO DIRETAMENTE LIGADOS A CERÂMICA, ORNAMENTAÇÃO DO CORPO, CESTARIAS, ETC HAVENDO ENTRETANTO EXCEÇÕES ENTRE ALGUMAS TRIBOS QUE PINTAM SOBRE PANOS DE ENTRECASCA. OS DESENHOS INDÍGENAS SÃO NORMALMENTE ELABORADOS DE FORMA ABSTRATA E GEOMÉTRICA.
MUSICA E DANÇA
A MUSICA E A DANÇA ESTÃO FREQÜENTEMENTE ASSOCIADAS AOS ÍNDIOS E A SUA CULTURA, VARIANDO DE TRIBO PARA TRIBO. EM MUITAS SOCIEDADES INDÍGENAS A IMPORTÂNCIA QUE A MUSICA TEM NA REPRESENTAÇÃO DE RITOS E MITOS É MUITO GRANDE. CADA TRIBO TEM SEUS PRÓPRIO INSTRUMENTOS, HAVENDO TAMBÉM OS INSTRUMENTOS QUE SÃO UTILIZADOS EM DIFERENTES TRIBOS NO ENTANTO DE DIFERENTES FORMAS COMO É O CASO DO MARACÁ OU CHOCALHO, ONDE EM DETERMINADAS SOCIEDADES INDÍGENAS COMO A DOS UAUPÉS O USO DO MESMO ACONTECE EM CERIMONIAS RELIGIOSAS, JÁ OUTRAS TRIBOS COMO A DOS TIMBIRAS É UTILIZADO PARA MARCAR RITMO JUNTO A UM CÂNTICO POR EXEMPLO. A DANÇA JUNTO AOS INDÍGENAS SE DIFERE DA NOSSA POR NÃO DANÇAREM EM PARES, A NÃO SER POR POUCAS EXCEÇÕES COMO ACONTECE NO ALTO XINGÚ. A DANÇA PODE SER REALIZADA POR UM ÚNICO INDIVÍDUO OU POR GRUPOS.
PROTO-TEATRO
ENTRE VÁRIAS TRIBOS DE ÍNDIOS É POSSÍVEL OBSERVAR ALGUMAS REPRESENTAÇÕES, PARTES DE RITO, QUE PODERIAM FACILMENTE EVOLUIR NO SENTIDO DE UM TEATRO. MUITAS SÃO REPRESENTAÇÕES SEM PALAVRAS APENAS GESTO. OUTROS RITUAIS SÃO CANTADOS, MUITOS SE DÃO NA FORMA DE DIÁLOGO.
GERALMENTE A ARTE INDÍGENA MANIFESTA-SE ATRAVÉS DE CÂNTICOS, VESTUÁRIOS UTENSÍLIOS, PELA PINTURA CORPORAL, ESCARIFICAÇÃO E PERFURAÇÃO DA PELE, ATRAVÉS DE DANÇAS ENTRE OUTROS, SENDO ESTES RARAMENTE PRODUZIDOS COM O INTUITO DE SEREM ARTE PROPRIAMENTE DITO. PODEMOS DIZER QUE NA SOCIEDADE INDÍGENA NÃO EXISTE UMA DELIMITAÇÃO ENTRE ARTE E ATIVIDADE PURAMENTE TÉCNICA. DE MESMA FORMA ENCONTRAM-SE ASPECTOS RITUAIS NA PRODUÇÃO DOS ARTEFATOS QUE SÃO ANTES DE TUDO ARTÍSTICA. CADA POVO INDÍGENA TEM UMA MANEIRA PRÓPRIA DE EXPRESSAR SUAS OBRAS, POR ISTO DIZEMOS QUE NÃO EXISTE ARTE INDÍGENA E SIM ARTES INDÍGENAS. AS ARTES INDÍGENAS DIFEREM-SE MUITO DAS DEMAIS PRODUZIDAS EM DIFERENTES LOCALIDADES DO GLOBO, UMA VEZ QUE MANUSEIAM PIGMENTOS, MADEIRAS, FIBRAS, PLUMAS, VEGETAIS E OUTROS MATERIAIS DE MANEIRA MUITO SINGULAR. NOS RELACIONAMENTOS ENTRE DIFERENTES POVOS, INCLUSIVE COM O BRANCO OS ARTEFATOS PRODUZIDOS SÃO OBJETOS DE TROCA, SENDO ATÉ UTILIZADOS COMO UMA ALTERNATIVA DE RENDA. MUITAS TRIBOS ENFATIZAM A PRODUÇÃO DE CERÂMICA, OUTRAS ESCULTURAS EM MADEIRA, O QUE VALE RESSALTAR É QUE ESTES ASPECTOS VARIAM DE UMA TRIBO PARA OUTRA. VEJA A SEGUIR AS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS DAS ARTES INDÍGENAS.
A PINTURA CORPORAL
A PINTURA CORPORAL PARA OS ÍNDIOS TEM SENTIDOS DIVERSOS, NÃO SOMENTE NA VAIDADE, OU NA BUSCA PELA ESTÉTICA PERFEITA, MAS PELOS VALORES QUE SÃO CONSIDERADOS E TRANSMITIDOS ATRAVÉS DESTA ARTE. ENTRE MUITAS TRIBOS A PINTURA CORPORAL É UTILIZADA COMO UMA FORMA DE DISTINGUIR A DIVISÃO INTERNA DENTRO DE UMA DETERMINADA SOCIEDADE INDÍGENA, COMO UMA FORMA DE INDICAR OS GRUPOS SOCIAIS NELA EXISTENTES, EMBORA EXISTA TRIBOS QUE UTILIZAM A PINTURA CORPORAL SEGUNDO SUAS PREFERÊNCIAS. OS MATERIAIS UTILIZADOS NORMALMENTE SÃO TINTAS COMO O URUCU QUE PRODUZ O VERMELHO, O GENIPAPO DA QUAL SE ADQUIRE UMA COLORAÇÃO AZUL MARINHO QUASE PRETO, O PÓ DE CARVÃO QUE É UTILIZADO NO CORPO SOBRE UMA CAMADA DE SUCO DE PAU-DE-LEITE, E O CALCÁREO DA QUAL SE EXTRAI A COR BRANCA.
ARTE PLUMÁRIA
AS VESTIMENTAS ADORNADAS DE PLUMAS SÃO GERALMENTE UTILIZADAS EM OCASIÕES ESPECIAIS COMO OS RITOS. O USO DE PLUMAS NA ARTE INDÍGENA SE DÁ DE DOIS MODOS, PARA COLAGEM DE PENAS NO CORPO E PARA CONFECÇÃO E DECORAÇÃO DE ARTEFATOS COMO POR EXEMPLO AS MÁSCARAS COLARES ETC.
ARTE EM PEDRAS
A CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PEDRA (EX.: MACHADINHAS) FORA DE EXTREMA IMPORTÂNCIA NO PASSADO INDÍGENA, MAS NOS DIAS ATUAIS OS ÍNDIOS NÃO MAIS COSTUMAM PRODUZIR ARTEFATOS EM PEDRA DEVIDO À INSERÇÃO DE INSTRUMENTOS DE FERRO, QUE SE MOSTRARAM MAIS EFICIENTES E PRÁTICOS, EMBORA ALGUMAS TRIBOS AINDA UTILIZAM ESTES ARTEFATOS PARA OCASIÕES ESPECIAIS.
ARTE EM MADEIRA
A MADEIRA É UTILIZADA PARA A FABRICAÇÃO DE DIVERSOS TRABALHOS NAS SOCIEDADES INDÍGENAS. VÁRIOS ARTEFATOS SÃO PRODUZIDOS COMO ORNAMENTOS, MÁSCARAS, BANQUINHOS, BONECAS, REPRODUÇÃO DE ANIMAIS E HOMENS, PEQUENAS ESTATUETAS, CANOAS ENTRE VÁRIOS OUTROS. OS KARAJÁ, POR EXEMPLO, PRODUZEM ESTATUETAS NA FORMA HUMANA QUE NOS FAZ LEMBRAR DE UMA BONECA. NO ALTO XINGU OS TRABALHOS EM MADEIRA SÃO BASTANTES DESENVOLVIDOS. SÃO PRODUZIDOS MÁSCARAS, BANCOS ESCULPIDOS NA FORMA ANIMAL, NOTANDO-SE GRANDE HABILIDADE NO TRABALHO, SENDO SUA DEMANDA COMERCIAL MUITO GRANDE ADVINDA PRINCIPALMENTE DE TURISTAS.
TRANÇADO
NOS TRABALHOS DE CESTARIA DOS ÍNDIOS HÁ UMA DEFINIÇÃO BASTANTE CLARA NO ESTILO DO TRABALHO, DE FORMA QUE UM ESTUDIOSO DA ÁREA PODE ATRAVÉS DE UM TRABALHO EM TRANÇADO FACILMENTE IDENTIFICAR A REGIÃO OU ATÉ MESMO QUE TRIBO O PRODUZIU. AS CESTARIAS SÃO UTILIZADA PARA O TRANSPORTE DE VÍVERES, ARMAZENAMENTO, COMO RECIPIENTES, UTENSÍLIOS, CESTAS, ASSIM COMO OBJETOS COMO ESTEIRAS.
CERÂMICA
A FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE CERÂMICA NÃO É CARACTERÍSTICA DE TODAS AS TRIBOS INDÍGENAS, ENTRE OS XAVANTES POR EXEMPLO ELA FALTA TOTALMENTE, EM ALGUMAS SUA CONFECÇÃO É BASTANTE SIMPLES, MAS O QUE É IMPORTANTE RESSALTAR É QUE POR MAIS ELABORADA QUE SEJA A CERÂMICA SUA PRODUÇÃO É SEMPRE FEITA SEM A AJUDA DA RODA DE OLEIRO. AS CERÂMICAS SÃO UTILIZADA NA FABRICAÇÃO DE BONECAS, PANELA, VASOS E OUTROS RECIPIENTES. MUITAS SÃO PRODUZIDAS VISANDO ATENDER A DEMANDA DOS TURISTAS.
PINTURAS E DESENHO
OS DESENHOS E AS PINTURAS EM GERAL SÃO ACOMPANHADOS DE OUTRAS FORMAS DE ARTE. ESTÃO DIRETAMENTE LIGADOS A CERÂMICA, ORNAMENTAÇÃO DO CORPO, CESTARIAS, ETC HAVENDO ENTRETANTO EXCEÇÕES ENTRE ALGUMAS TRIBOS QUE PINTAM SOBRE PANOS DE ENTRECASCA. OS DESENHOS INDÍGENAS SÃO NORMALMENTE ELABORADOS DE FORMA ABSTRATA E GEOMÉTRICA.
MUSICA E DANÇA
A MUSICA E A DANÇA ESTÃO FREQÜENTEMENTE ASSOCIADAS AOS ÍNDIOS E A SUA CULTURA, VARIANDO DE TRIBO PARA TRIBO. EM MUITAS SOCIEDADES INDÍGENAS A IMPORTÂNCIA QUE A MUSICA TEM NA REPRESENTAÇÃO DE RITOS E MITOS É MUITO GRANDE. CADA TRIBO TEM SEUS PRÓPRIO INSTRUMENTOS, HAVENDO TAMBÉM OS INSTRUMENTOS QUE SÃO UTILIZADOS EM DIFERENTES TRIBOS NO ENTANTO DE DIFERENTES FORMAS COMO É O CASO DO MARACÁ OU CHOCALHO, ONDE EM DETERMINADAS SOCIEDADES INDÍGENAS COMO A DOS UAUPÉS O USO DO MESMO ACONTECE EM CERIMONIAS RELIGIOSAS, JÁ OUTRAS TRIBOS COMO A DOS TIMBIRAS É UTILIZADO PARA MARCAR RITMO JUNTO A UM CÂNTICO POR EXEMPLO. A DANÇA JUNTO AOS INDÍGENAS SE DIFERE DA NOSSA POR NÃO DANÇAREM EM PARES, A NÃO SER POR POUCAS EXCEÇÕES COMO ACONTECE NO ALTO XINGÚ. A DANÇA PODE SER REALIZADA POR UM ÚNICO INDIVÍDUO OU POR GRUPOS.
PROTO-TEATRO
ENTRE VÁRIAS TRIBOS DE ÍNDIOS É POSSÍVEL OBSERVAR ALGUMAS REPRESENTAÇÕES, PARTES DE RITO, QUE PODERIAM FACILMENTE EVOLUIR NO SENTIDO DE UM TEATRO. MUITAS SÃO REPRESENTAÇÕES SEM PALAVRAS APENAS GESTO. OUTROS RITUAIS SÃO CANTADOS, MUITOS SE DÃO NA FORMA DE DIÁLOGO.
texto para reunião de pais e mestres
Girassóis e Miosótis
O girassol é flor raçuda,que enfrenta até a mais violenta intempérie acaba sobrevivendo. Ela quer luz e espaço e em busca desses objetivos, seu corpo se contorce o dia inteiro. O girassol aprendeu a viver com o sole por isso é forte. Já o miosótis é plantinha linda,mas que exige muito mais cuidado. Gosta mais de estufa. O girassol se vira... e como se vira! O miosótis quando se vira, vira errado. Precisa de atenção redobrada. Há filhos girassóis e filhos miosótis. Os primeiros resistem a qualquer crise: descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda. As mães chegam a reclamar da independência desses meninos e meninas, tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem.Por outro lado, há filhos e filhas miosótis, que sempre precisam de atenção. Todo cuidado é pouco diante deles. Reagem desmesuradamente, melindram-se, são mais egoístas que os demais, ou às vezes, mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados. Eles estão sempre precisando de cuidados. O papel dos Pais é o mesmo do jardineiro que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa. De qualquer modo fique atento. Não abandone demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho...e não proteja demais os seus miosótis. As rédeas permanecem com vocês... mas também a tesoura e o regador. Não negue, mas não dêem tudo que querem: a falta e o excesso de cuidados matam a planta...
O girassol é flor raçuda,que enfrenta até a mais violenta intempérie acaba sobrevivendo. Ela quer luz e espaço e em busca desses objetivos, seu corpo se contorce o dia inteiro. O girassol aprendeu a viver com o sole por isso é forte. Já o miosótis é plantinha linda,mas que exige muito mais cuidado. Gosta mais de estufa. O girassol se vira... e como se vira! O miosótis quando se vira, vira errado. Precisa de atenção redobrada. Há filhos girassóis e filhos miosótis. Os primeiros resistem a qualquer crise: descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda. As mães chegam a reclamar da independência desses meninos e meninas, tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem.Por outro lado, há filhos e filhas miosótis, que sempre precisam de atenção. Todo cuidado é pouco diante deles. Reagem desmesuradamente, melindram-se, são mais egoístas que os demais, ou às vezes, mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados. Eles estão sempre precisando de cuidados. O papel dos Pais é o mesmo do jardineiro que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa. De qualquer modo fique atento. Não abandone demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho...e não proteja demais os seus miosótis. As rédeas permanecem com vocês... mas também a tesoura e o regador. Não negue, mas não dêem tudo que querem: a falta e o excesso de cuidados matam a planta...
terça-feira, 3 de março de 2009
estou de volta!!!
desculpe-me por ficar afastada tanto tempo
pretendo postar coisas novas , mas com bebê , casa , marido .... ufaaaaaaaa ta difícil ma eu to conseguindo
bjocas
paula
pretendo postar coisas novas , mas com bebê , casa , marido .... ufaaaaaaaa ta difícil ma eu to conseguindo
bjocas
paula
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